Resolveu
admitir a fumaça vermelho maço e a insônia. O vazio agora era preenchido com um
objetivo, não sobrava espaço para mais nada. Depositava nele toda sua energia
mental. Seus pensamentos não paravam um segundo. A velocidade nunca foi
apropriada, de qualquer forma.
Nunca quis
tanto algo. Quando pensava sobre, chegava a sentir arrepios. Seus olhos
brilhavam, o coração palpitava queimando toda a gasolina contida. Um sorriso
rasgava seu rosto de ponta a ponta. Era o afeto mais intenso que já havia
sentido. O afeto por si e a vontade de progredir.
Daí, então,
fechou a enfermaria. E nunca mais tomou remédios. A satisfação pessoal foi sua penicilina.
Mas a gasolina continuava lá.
Mas a gasolina continuava lá.
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